O anual Ranking de Leiden, que avalia o desempenho científico das universidades do mundo, em 2019 incluiu pela primeira vez uma métrica de equilíbrio de gênero que calcula a proporção de mulheres entre o número total de autores de trabalhos de uma universidade.
O indicador de gênero foi criado por pesquisadores da Universidade de Leiden na Holanda, liderado por Ludo Waltman. Os pesquisadores utilizaram um algoritmo que atribui gênero a nomes de autores e a partir disso puderem determinar quantas autorias totais de uma universidade eram homens, mulheres ou de sexo desconhecido.
A análise de dados de 2014-2017 considerando 963 universidades demonstrou que mulheres são responsáveis por cerca de 30% da autoria dos trabalhos acadêmicos de todo o mundo e que as universidades europeias tiveram em média mais participações de autoras femininas do que as universidades norte-americanas. Em relação à métrica de gênero, os institutos com melhor desempenho no Ranking em termos de impacto científico têm pontuações variadas e não apresentam os melhores índices, como por exemplo, a famosa Universidade de Havard (34% - 286° lugar no ranking).
Entretanto, as universidades da América do Sul e da Europa Oriental lideram o ranking global de equilíbrio de gênero em pesquisa, sendo que as universidades do Brasil se destacam neste ranking devido aos índices da Universidade Estadual de Maringá – PR (2°), Universidade de São Paulo – SP (8°) e Universidade Federal de Santa Maria – RS (10°).
Cabe ressaltar que a Revista Bioika conta desde seu início com a contribuição de pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que hoje se encontram em diversas instituições na América do Sul. Além disso, enfatizamos que a maior parte dos colaboradores do nosso projeto editorial são mulheres. A Revista Bioika parabeniza todas as pesquisadoras da UEM por seus esforços em produzir pesquisas de qualidade e incluir a Universidade Estadual de Maringá no ranking das instituições com maior equilíbrio de gênero em pesquisa.