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Desenhos retirados da cartilha para colorir e brincar produzida pelo projeto “Bicho d´água: conhecer para preservar”

O projeto “Bicho d´água: conhecer para preservar” iniciou em 2015 com o objetivo de promover e popularizar a ciência através da divulgação de informações científicas obtidas de pesquisas realizadas em ambientes aquáticos (rios e riachos). Através de atividades extensionistas, busca-se evidenciar a importância da preservação destes ecossistemas e do seu entorno (mata ciliar). Além disso, uma das propostas do projeto é capacitar e conscientizar professores, pais, alunos e a comunidade em geral para que sejam capazes de contribuir com a preservação dos recursos hídricos, especialmente por comparar a diversidade biológica de invertebrados aquáticos que vivem em ambientes preservados em relação àqueles impactados por ações humanas.


Durante os anos de 2015 e 2016, o projeto foi financiado pelo MEC (Programa Proext) e foram produzidos materiais didáticos que visam facilitar e promover o aprendizado de maneira lúdica e interativa. Até o momento, foram visitadas as escolas municipais de Palotina, abrangendo o ensino fundamental I, algumas escolas estaduais e particulares (ensino fundamental II). A próxima etapa abrangerá as instituições de ensino estaduais e particulares que ainda não foram visitadas e também cidades vizinhas à Palotina.

Nas visitas às escolas, são realizadas oficinas didáticas onde os acadêmicos ministram palestras de aproximadamente 15 minutos, onde demonstram as diferenças entre ambientes impactados e preservados e enfatiza a grande diversidade biológica existente nos ambientes aquáticos não impactados, bem como a importância da sua preservação.

Em um segundo momento, os alunos podem visualizar os macroinvertebrados bentônicos, dentre eles: caranguejos, bivalves, minhocas aquáticas, larvas de besouro, libélulas e mosquitos, com o auxílio de lupa (Fig. 1).
Visualização dos macroinvertebrados bentônicos / Imagem: Yara Moretto

Na sequência das atividades, as crianças são convidadas a participar dos jogos didáticos do projeto, dos quais destacam-se o jogo da memória, com personagens ilustrados que representam os invertebrados aquáticos, o jogo do tabuleiro gigante e o jogo do rio contínuo. Essas atividades são sempre acompanhadas pelos acadêmicos que conduzem as brincadeiras e estimulam o aprendizado e a participação dos alunos.



Após estas atividades, cada aluno recebe gratuitamente um gibi ilustrado onde conta-se a estória de invertebrados aquáticos em busca de um ambiente limpo para morar e a “Cartilha para colorir e brincar”. Com esse último material, os professores são incentivados a trabalhar em sala, pois o conteúdo da cartilha aborda jogos de caça-palavras, cruzadinhas e desenhos dos invertebrados para colorir (Fig. 2). 

O projeto também tem participado de várias atividades desenvolvidas na Universidade, como as Feiras de Ciências (Fecitec) e eventos científicos, além de exposição agropecuária (Expo Palotina) e atividades culturais promovidas pelo município e pelas escolas. Estas ações, cada vez mais, aproximam o projeto da sociedade, contribuindo para a popularização da ciência de maneira mais eficiente.

De acordo com Ernâni Maria Fiori (1), percebe-se que a educação ambiental não se limita apenas ao que é relacionado à natureza, mas assume um papel mais realista, visando também à relação homem e natureza na busca de um futuro ecologicamente bem desenvolvido. Nesse contexto, a extensão universitária exerce papel essencial por integrar e promover ações que visam à interdisciplinaridade entre as diversas áreas de conhecimentos e a interação dialógica entre elas, trazendo com isso ações transformadoras, principalmente no modo de pensar e agir dos atores sociais envolvidos nas atividades da extensão.

Quanto mais cedo o processo de transformação se inicia, maiores são seus frutos, pois os indivíduos tornam-se realmente agentes sociais que promovem ações, especialmente aquelas ligadas aos aspectos de preservação ambiental. Principalmente no contexto ambiental, isso se torna mais relevante, pois uma nova sociedade se irá emoldurar e se aculturar a uma forma de viver e pensar que considere o ato de conhecer e preservar o ambiente uma necessidade diária e de responsabilidade de cada cidadão.


Agradecimentos

Os autores agradecem à Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, pelo apoio logístico na execução do projeto, à Proec, pela concessão de bolsas para os acadêmicos, ao MEC/Proext, pelo apoio financeiro para a realização do projeto, às escolas participantes e ao apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de Palotina.

Referências

1. FIORI, E.M. 1986. Conscientização e educação. Educação e Realidade, Porto Alegre, 1, 3-10.


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