A Austrália realizou as eleições para escolher os novos membros do Parlamento no dia 18 de maio de 2019. As discussões e as propostas dos dois partidos concorrentes giraram em torno dos efeitos causados pelo superaquecimento do planeta, os quais atingiram diretamente a agricultura e a pecuária do país.
Provavelmente, a Austrália tenha sido o primeiro país a sofrer efeitos devastadores das altas temperaturas. O verão de 2018 foi registrado como o mais quente da história do país, com temperaturas chegando a 48,9ºC na região sudeste, área agrícola produtora de grãos e vegetais. Na região norte, a morte de 500 mil cabeças de gado foram causadas devido a intensas chuvas que caíram após sete anos de seca intensa, totalizando um prejuízo de US$ 213 milhões (Duzentos e treze milhões de dólares).

Os efeitos das mudanças climáticas atingiram diretamente o bolso dos agricultores e pecuaristas que passaram então, juntamente com a população, a pedirem que todos os candidatos ao Parlamento se comprometessem com estratégias políticas nacionais e internacionais voltadas ao controle das mudanças do clima.
O país também sofre com outros danos ambientais. Por apresentar o carvão como um dos principais produtos de exportação, há o registro da destruição das grandes barreiras de corais. A questão energética também passa por questionamentos sobre o uso de fontes de energia renováveis.
Apesar de ser a 19ª economia mundial, a Austrália vem apresentando sinais de desaceleração do crescimento econômico do país, o que preocupa a população. A devastação que assolou o país nos últimos anos parece ter surtido efeito no eleitorado, tomando consciência do que está acontecendo com o Planeta.